Semana passada fui a reunião sobre levantamento de recursos (fundraising) na escola dos meninos e descobri que o que eu preciso levantar mesmo é o meu inglês! Nossa!
Olha, se você quer ver como anda o seu listening, o teste de ouro é ir a uma reunião e sair entendendo tudo! As conversas paralelas, as piadinhas, o povo que fala bem baixinho lá do outro lado da sala...
É frus-tran-te! Afinal, eu já uso o telefone sem receio, não tenho dificuldade para conversar com ninguém, passei a entender as notícias dos telejornais daqui (Breakfast é o mais desafiador deles) e a quantidade de vezes que escuto elogios ao meu inglês cresceu consideravelmente nos últimos tempos. A conversa é mais ou menos assim:
- Você está aqui há quanto tempo?
- 8 meses - eu respondo.
- Só 8 meses?! Seu inglês é muito bom! Vocês aprendem inglês nas escolas, no Brasil?
Então, nada mais justo que achar que o inglês "já está dominado", né? Que nada! Vai pra uma reunião pra ver...
Começou até bem, eu cheguei uns minutos antes, apresentei-me e fiquei batendo papo com a pessoa ao meu lado. Tudo tranquilo... Aí a reunião começou e acabou a festa!
Eu sabia sobre o que eles estavam falando e até fiz algumas perguntas para tentar entender melhor uma das ações pensadas para captar recursos. E só. O resto se resumiu a dar um sorrisinho amarelo na hora das piadas, esperar a ata para saber o que ficou decidido e preparar o espírito para os próximos encontros.
Essa reunião foi do PTA (Parent Teacher Association) da escola dos meninos, uma associação de pais e professores que trabalha voluntariamente pela/para a escola. A pauta girou em torno das ações para captação de recursos que poderiam ser realizadas no ano que vem, ou seja, a maior parte do tempo foi uma espécie de brainstorm sobre o que poderia ser feito - as pessoas davam idéias, falavam sobre outras ações que aconteceram em anos passados, relembravam o que deu certo, davam risada do que deu errado...
Parece fácil, né? Pois então vai lá você! Devia ter cerca de doze pessoas na sala e as únicas que eu conseguia entender claramente eram a diretora da escola e a mãe que estava ao meu lado. E Roger diz que a diretora não conta, porque ela é professora primária e está acostumada a falar claro e articuladamente com as crianças...
Ele também diz que com o tempo melhora, porque você começa a se acostumar com o vocabulário usado e com a maneira que cada pessoa fala, com o sotaque e maneirismos de cada um. E isso facilita muito o entendimento.
Assim espero! Ou vou começar a ir para cafés e restaurantes só para treinar escutando as conversas das mesas ao lado...
Boa!
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