quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Enquanto isso, no Lego Display...

Continuo no intervalo das aventuras de Sam (prometo retomá-las no próximo post!), para mostrar as imagens de uma exposição de Lego que visitamos no final de semana, o Lego Display. Fui lá no domingo passado com os meninos e nos divertimos um bocado olhando toda a coleção!

Algumas peças eram ainda dos anos 70, vejam só:

E havia todo um setor dedicado a exploração do espaço.

Aqui está o barco mencionado no cartaz de divulgação, com cerca de 4m de comprimento e um dos lados montado como se tivesse sido cortado, mostrando os passageiros e tripulantes em diversas atividades dentro do navio! Pena que com tanta gente passando o tempo todo, não consegui bater fotos desse lado "aberto".




Os garotos adoraram o detalhe do tubarão na lateral!   :-) 






O Lego City ocupava uma área imensa, formando uma cidade em miniatura que tinha alguns desafios, como este:

Foi divertido encontrar esses personagens no meio da cidade...  :-)

Mas a parte que mais gostei foi uma dedicada a Guerra nas Estrelas (Star Wars). Apesar de só ter visto os filmes da trilogia inicial em video e DVD, eu gostava muito dela! Ver os Legos (havia cenas de todos os filmes da trilogia inicial representadas lá!) foi como relembrar as sensações que os filmes despertavam...

Outra peça que gostei muito foi uma Sky Tower com cerca de 2 metros de altura, bungee jumpers pendurados e até o Super Homem voando em volta!   :-)

Havia também algumas peças mais infantis, como essas das fotos abaixo. Eu adorei a casinha com jardim, mas os meninos gostaram mesmo foi da coleção de carrinhos!
A exposição era imensa, do tamanho de uma quadra de futsal.

E ao sairmos, fomos aproveitar o resto de tarde em Mission Bay - praia linda, mesmo em um dia nublado como foi o domingo!...

E fico pensando se a vida da gente não é assim... Ir juntando as peças, os pedacinhos que interessam, até construir algo que faça sentido para nós. Talvez o segredo seja apenas saber separar (e manter!) as peças relevantes (saber encaixá-las nas nossas vidas!), deixando de fora aquelas que não agregam ao que queremos criar...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Enquanto isso, no Brasil...

Que resultado apertado essa eleição presidencial teve, nossa! Não lembro de ter visto nenhuma com números tão próximos assim!

Hoje vou abrir um parênteses nas aventuras de Sam para dizer que é estranho acompanhar uma eleição presidencial estando fora do país... Não sei se é a distância geográfica que joga um pouco de água fria no evento ou se é o fato de não ter votado. O que sei é que existe uma diferença entre acompanhar debates, discussões e notícias pela internet e sentir o clima de tudo estando dentro de casa. A euforia geral que acompanha as eleições no Brasil simplesmente não chega aqui em Auckland.

Os brasileiros da Nova Zelândia só podem votar na embaixada brasileira em Wellington. E como Wellington fica a quase 500 km de distância de Auckland, então, participar dessas eleições não estava nos nossos planos. Não chegamos nem a transferir nossos títulos...

Mas vendo o jornal da noite comentar sobre o resultado do 2o turno (até mostraram parte do discurso de Dilma e da campanha de Aécio!) me deixou com vontade de também exercer meu direito/dever cívico nas próximas eleições. Se ainda estivermos por aqui, vou procurar os serviços eleitorais da embaixada para transferir meu título.

Até lá, torço para que o Brasil tenha força para convergir as opiniões, seguir honrando a democracia e realmente cobrar dos candidatos eleitos a realização das propostas que os colocaram/mantiveram no poder.

Oxalá um dia chegaremos lá!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Diferenças culturais - Está servido?

Ontem, na aula de inglês (sim, eu também estou estudando!), recebemos a visita de Sam, um coreano que, se eu entendi direito, trabalha promovendo os serviços de saúde neozelandeses junto a imigrantes asiáticos. Ele falou para a minha turma cerca de 1 hora, mas por uns dois terços desse tempo a conversa não foi exatamente sobre serviços de saúde, mas sim sobre diferenças culturais! E o papo foi tão bom que acho que vou dedicar os próximos posts a comentar o que ele compartilhou conosco...  ;-) 

Sam nos disse que o seu primeiro choque cultural (e talvez o maior deles!) aconteceu quando ele se sentou ao lado de um colega para almoçar e o colega não lhe ofereceu comida – simplesmente sentou-se e começou a comer, sem oferecer nada. “Era como se eu não existisse”, disse Sam, “No meu país isso é um absurdo, todo mundo oferece a comida antes de comer!”.

Isso não significa que se você oferecer sua comida a um coreano ele vai aceitar. Na verdade, eles normalmente não aceitam. “Sabemos que não é uma pergunta de fato, é apenas um pequeno ritual que ocorre antes das refeições. O outro espera você dizer que não quer para começar a comer”, explicou Sam. Algo semelhante ao nosso “Está servido?”.

Até Sam entender que esse comportamento dos seus colegas kiwis não acontecia por sua causa, mas sim devido ao “jeito kiwi de ser”, ele se sentiu muito mal. “Por que não me oferecem a comida? Não sou bem-vindo? O que há de errado comigo?!” – era o que ele costumava pensar.

Caio, que gosta de compartilhar sua comida e adora quando os outros compartilham a comida deles com ele, também deve ter sofrido um pouco por causa disso. No kindergarten (jardim de infância) que ele frequentava, as crianças almoçavam juntas duas vezes por semana, cada uma levando sua comida de casa.

Eu lembro que várias vezes ele voltou do kindergarten meio chateado nesses dias do almoço, dizendo que havia “comido sozinho”. E eu tolamente sugeria: “Senta mais perto das outras crianças”. Mas de que adiantava sentar perto dos outros se ele ainda ia comer sozinho só a sua comida?

Realmente, para quem absorveu muito bem o conceito de que a mesa é um instrumento de socialização, sentar-se com várias crianças que ainda não conhece bem, sem falar uma palavra do idioma delas e “comer sozinho” deve ser duro...

A cara-após-almoço dele só começou a melhorar depois que o jardim de infância promoveu um almoço coletivo de fato, onde as crianças deveriam levar comida para compartilhar com seus colegas e os pais poderiam ir almoçar lá também. Mas infelizmente eu não entendi bem a mensagem e achei que o kindergarten é que iria oferecer o lanche coletivo. Pensei que apenas os pais que fossem almoçar lá é que deveriam levar seu almoço e, como eu não pretendia almoçar lá, não levei comida nenhuma. Agora, imaginem a bronca que o sujeito me deu quando cheguei lá de mãos abanando!...

Ele ficou tão chateado que eu já estava a ponto de correr na bodega mais próxima e comprar nem que fosse um pacote de biscoitos para ele dividir com os colegas. Mas, para nossa sorte, a mãe de um de seus amiguinhos falou que tinha comida suficiente para todos e nos chamou para almoçar com eles. No começo Caio ficou meio sem jeito, pois também queria ofertar algo, mas depois relaxou e até ofereceu umas cenouras do amiguinho para outras crianças!  :-)

Inclusive, acho que foi depois desse dia que ele virou fã de cenourinhas cruas!...  :-)  

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fush and Chups

Semana passada eu estava lendo uns livrinhos da escola dos meninos e, de repente, percebi que minha pronuncia melhorou! Parece bobagem, né? Mas para mim foi muito significativo, depois de seis meses morando aqui, finalmente notar uma melhora no meu inglês. Não é que eu já esteja super fluente ou satisfeita com o meu listening (longe disso!), mas começo a me sentir mais confortável com a língua.

É verdade que leio bem em inglês já há bastante tempo e, com a ajuda do Google e dos corretores ortográficos, minha habilidade de escrita também é boa.  Mas meu listening e speaking, por outro lado... Eram o suficiente para interações ocasionais de trabalho, conferências e turismo, mas não para encarar o país com inglês falado mais rápido do mundo! Isso sem mencionar o vowel shift dos kiwis, uma mudança na maneira como eles pronunciam as vogais que faz, por exemplo, bed (cama) soar como bid (lance, proposta de preço).

A gota d’água foi quando meu contato mais legal para trabalho me chamou para um café. Ele era inglês, não tinha o sotaque dos kiwis e também não falava tão rápido, mas mesmo assim eu entendi muito pouco da nossa conversa... Tudo bem, fazia apenas 2 meses que havíamos chegado e eu estava meio tensa porque era meu primeiro contato profissional, mas, desculpas a parte, foi terrível constatar que eu não conseguia me comunicar direito...

Nós sabíamos que entender os kiwis podia ser bem difícil, descobrimos isso quando viemos aqui no ano passado. Ainda lembro de alguns telefonemas que precisei dar... Um pesadelo! Era quase impossível saber o que eles falavam por telefone! E, para completar, muitas vezes eu também não conseguia me fazia entender e precisava ficar repetindo o que queria dizer para me comunicar... 

Então, partindo da experiência prévia, eu sabia que essa questão da língua não seria fácil. Mas o que eu não sabia era o quão desesperador ela poderia ser! É difícil descrever o que você sente quando a habilidade de se comunicar plenamente é abalada... Para mim foi frustrante, deprimente. Afetou minha capacidade de sentir-me humana, de sentir-me parte integrante da sociedade

Procurei, em vão, por uma palavra que pudesse descrever essa sensação... Mas até agora a melhor palavra que consegui é, ironicamente, da língua inglesa - foi uma americana, que trabalha no jardim de infância que Caio frequentou, quem me ajudou a encontrá-la: hopeless (sem esperança). Quando não consigo me comunicar, eu me sinto hopeless.  :-(

E nessa hora, em que a sensação de estar “sem esperança” pesa, os amigos contam. Não só pelas histórias que eles compartilham, sobre como passaram pela mesma situação e eventualmente deram a volta por cima, mas, principalmente, pelo “vínculo com a humanidade” que proporcionam.

No entanto, quem me deu a maior força de todas nessas horas foi meu filho mais velho. É que ele sempre foi tão corajoso e confiante com relação ao inglês! Teve lá suas dificuldades, é verdade (e ainda vou compartilhar um pouco disso com vocês!), mas sempre manteve uma postura autoconfiante e positiva a respeito disso. Ao voltar para o Brasil após 1 mês de férias aqui no ano passado, ele costumava dizer que já havia aprendido inglês. As avós perguntavam para ele se iria aprender inglês quando mudássemos para cá e ele respondia: “Eu já sei, vó; eu falo inglês”.

Quando chegamos, em abril deste ano, a única frase que ele de fato falava era um genérico “Oh, boy!”, o qual, mudando a entonação, usava em todo tipo de contexto. E talvez seja essa a chave para o sucesso com a nova língua: interagir o máximo possível e sempre manter a confiança em sua capacidade de comunicação. Mesmo que isso não signifique, necessariamente, ser fluente no inglês.  :-)

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A rede do bem – continuação

Dizem que os kiwis são meio reservados, que leva uma eternidade para lhe convidarem à casa deles... E, pensando bem, com exceção de um jantar na casa de Mathew (que nos alugou um apartamento fantástico quando viemos aqui no ano passado) nunca fomos à casa de nenhum kiwi. Ou, pelo menos, nenhum casal de kiwis - já almoçamos na casa de um que é companheiro de uma brasileira que trabalha com Roger, mas, dado que o convite partiu da brasileira, acho que esse não conta. Eu também já fui algumas vezes levar e buscar Caio na casa de seus amiguinhos neozelandeses, mas essas tampouco valem, não é?   :-)

O fato é que praticamente não fomos a casa de kiwis! E, até agora, eu nem havia me dado conta disso... Provavelmente porque estivemos tão ocupados visitando os brasileiros e outros amigos imigrantes que nem percebi.

Por outro lado, lembram da pernambucana do queijo coalho?  O marido dela conhece o amigo de um amigo nosso, que mora na Austrália. Todos brasileiros, então... Alguns emails, mensagens de texto e telefonemas depois, lá estão os pernambucanos nos convidando para um churrasco na casa deles, sem nem sequer terem visto a nossa cara antes!

E assim nossa rede foi crescendo... Eu sei que pode não ser fácil ir à casa de quem você mal conhece (ou não conhece mesmo!), principalmente quando você acabou de mudar para outro país, está cansado e preocupado, tentando achar um lugar para morar, pesquisando escola para as crianças e procurando emprego... Mas vale a pena!

Se você deixar o coração aberto e priorizar os contatos, as amizades, a rede cresce. E os novos amigos não só fornecem todo tipo de informações e dicas úteis para acelerar a adaptação à nova vida, como também compartilham suas próprias redes de relacionamento, ajudando na busca por trabalho. Por último, e talvez o mais importante, eles aquecem o coração da gente, dão alento e esperança, fazem você se sentir "em casa".

E o mais interessante é que todos parecem ter grande satisfação em ajudar... São como uma grande "corrente do bem", onde quem recebe, como nós, fica doido para repassar os presentes para mais alguém! Então, se você aí algum dia resolver se aventurar por aqui, entre em contato, tá? Teremos o maior prazer em ajudar!  :-)

Para terminar, algumas fontes de brasileiros aqui em Auckland:

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A rede do bem

Quando passamos um mês aqui, no ano passado, encontramos apenas 1 brasileiro – um rapazinho que, por sinal, estava de mudança para Christchurch. Então, desta vez, foi uma agradável surpresa conhecer tantos compatriotas em tão pouco tempo!

O primeiro brasileiro que conhecemos após nossa mudança foi um curitibano, que encontramos no aeroporto mesmo, assim que chegamos aqui. Ele trabalhava orientando os passageiros em relação às restrições neozelandesas para a entrada de alimentos no país, assegurando que todos que chegavam soubessem a multa que pagariam caso tentassem desembarcar com alimentos proibidos. Escutou a gente falando, viu que éramos brasileiros e teve a delicadeza de nos passar as orientações em bom e claro português. Pode não parecer muito, mas depois de 13 horas de voo, com Martim enjoando em boa parte do trajeto, foi uma gentileza muito apreciada de minha parte.

Resolvemos esperar Martim ficar melhor antes de pegar a van para a casa de Maree e, enquanto esperávamos, acabou o plantão do curitibano. Quando ele nos viu no saguão do aeroporto, presenteou-nos com a segunda gentileza do dia: foi até nós, apresentou-se e contou um pouco de sua experiência aqui. Confesso que entre o sono, o cansaço e a atenção com os meninos, eu não participei muito da conversa não, mas lembro-me perfeitamente de duas mensagens. A primeira era que “o primeiro inverno é o pior” – ouvir isso de um curitibano foi meio assustador, mas serviu para balizar bem minhas expectativas.  E, no meio do inverno, num frio de lascar, as palavras do curitibano eram uma espécie de conforto, afinal, pior que isso não vai ficar, né?   :-)

A outra mensagem que guardei foi que “a primeira volta ao Brasil é a mais difícil”. Bom, aqui ainda não posso opinar, mas com certeza não vou esquecer isso também – vai me ajudar a preparar o coração para nossa visita à terrinha...

O curitibano também nos passou o contato de uma potiguar (a mesma que me deu as dicas da tapioca!) que organiza o Brasileirinho, um grupo para manter a cultura brasileira e a língua portuguesa vivas nos brasileirinhos que moram aqui. E o marido dela, da área de TI, nos deu a MAIOR força na busca por trabalho. Através deles, ficamos sabendo das festas de São João (qualquer dia desses conto mais sobre elas!), onde estavam também vários outros brasileiros, outras experiências, sugestões...

Logo após nossa chegada, começamos a procurar casa para aluguel de longo prazo e aqui, com o mercado imobiliário superaquecido, as casas normalmente têm horários específicos para a visita de possíveis novos inquilinos. Nesses horários, todo mundo que tem interesse na casa pode aparecer para dar uma olhada. Pois bem, estávamos nós, numa bela manhã de abril, avaliando uma casa (a que acabamos por alugar, a casa onde moramos hoje), quando aparece uma lourinha e um grandão para verem o imóvel também. “Hi”, “Hi, morning” e lá se foram eles casa adentro, olhar os cômodos que nós já havíamos visto. Dois minutos depois eles nos escutam falando em português com os meninos e o “Hi” vira um “Oi, vocês são brasileiros?” acompanhado de um largo sorriso...

Pessoas boníssimas, eles nos falaram que essa casa estava em uma ótima vizinhança, com boas escolas e nos contaram sobre outras áreas com escolas e vizinhança não tão boas assim!... Trocamos os números de telefone e alguns dias depois lá estava eu ligando para a loura para perguntar sobre uma outra área da cidade enquanto Roger saía com o grandão para ver lojas de carros. Pronto! Daí para um convite para ir à casa que dividiam, comer um churrasco, foi um pulo! Depois disso, já estavam nos ajudando com a mudança e o grandão, que também trabalha com TI, levou Roger para uma entrevista com o chefe dele. A entrevista não deu em nada, mas a amizade continua firme e forte até hoje!  :-)

E entrou pela porta da frente, saiu pela porta de trás 
e quinta-feira eu conto mais!...   ;-)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Pergunte aos brasileiros


Sabem, até que não é difícil encontrar uns "gostinhos" do Brasil por aqui. Os mercados asiáticos sempre têm feijão, macaxeira e uma espécie de goma de tapioca desidratada. E no supermercado a gente compra cuscuz de milho (que aqui eles preparam na panela, como cuscuz de semolina), então, quando encontrei essa panela da foto, só faltei dar uns pulinhos! Basta colocar ela sobre uma caçarola para ter uma cuscuzeira perfeita! Então agora comemos cuscuz bem fofinho, preparado no vapor. Não fica igual ao nosso flocão, mas engana bem.  :-p

Para descobrir onde achar o que, o negócio é saber a quem perguntar. E a dica é perguntar aos brasileiros! Os que estão aqui há mais tempo compartilharam conosco vários segredinhos...

O melhor deles quem me contou foi uma pernambucana, quando comentei que sentia saudades de queijo coalho. Ela sorriu e falou que queijo coalho não tinha, mas tinha um outro igualzinho a ele, chamado Havarti. E eu duvidei: "E ele assa feito queijo coalho?". Assa, assa que faz casquinha e tudo!  :-P


Eu nunca iria imaginar que um queijo bem bonitinho e meio caro, desses que vendem em embalagens pequenas, era um primo-irmão do nosso popular queijo coalho! É... Deus abençoe os brasileiros espalhados pelo mundo afora!


Outro segredinho de ouro foi uma potiguar quem contou: "Para fazer tapioca, coloque a goma na água". Também foi ela quem me disse que a goma aqui é chamda de tapioca starch e é vendida nos mercados asiáticos. Eu comprei, mas sem o segredinho não teria saído tapioca nenhuma porque a goma é seca que doi. Tem que deixar ela de molho um tempo, como aquelas gomas de antigamente que precisavam ser lavadas antes de usar. Depois que ela assenta, é só escorrer a água, peneirar e pronto! Tá no ponto para encontrar o Coalho-Havarti e o coco ralado na frigideira!

E que Deus abençoe os nordestinos espalhados pelo mundo afora!...  :-)


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Mais saudade – cuidado com as formigas sararás!

Obrigada, pessoal, pelas dicas sobre como manter a saudade distante! Devagarinho, a gente vai pegando o jeito e aprendendo o que fazer a respeito... Fogo é que vez por outra aprendemos também o que não fazer! E já que tem outros saudosos por aí, vou compartilhar uma lição que aprendi há umas semanas atrás...

Era um sábado ensolarado e quente e eu estava super bem, com um baita bom humor (o que normalmente acontece em dias ensolarados e quentes).  :-)

Coloquei Cantoria de festa para acompanhar o café da manhã e lá vem Xangai, pisando maneiro, a falar das formigas sararás... Pra que?! A reboque das formigas lá veio a saudade de novo, me atazanar o juízo e apertar o coração!

É que formiga sarará, num repente, numa cantoria, é "raiz" demais! Dá até para sentir o cheiro da nossa terra misturado na música... Pronto! Depois disso não havia sábado de sol que resolvesse, a saudade já esfriara tudo por aqui...

E eu aprendi que, em se tratando de saudade, algumas músicas são perigosas. Melhor deixar os CDs de Xangai, Lenine, Pouca Chinfra e outros da turma deles bem guardadinhos por enquanto. E, quem sabe, ir me enturmando com Broke Fraser e conhecendo melhor o Kapa Haka... 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Tipos de saudade

Antes de mais nada, deixem-me agradecer pelas mensagens tão legais que recebi sobre a saudade! E compartilhar com vocês o caminho para uns versos fantásticos, enviado por meu amigo Fábio, para ouvir “quando a saudade estiver apertando menos”.  :-)

Falando nisso, posso também pedir para vocês comentarem aqui mesmo no Blog, ao invés de no Face ou por email?  Assim fica tudo juntinho, pertinho e ligado, e a gente vai fazendo um assustado, pra espantar a saudade...

Espantar a saudade ruim, aquela que arde Qui nem Jiló, como dizia Luiz Gonzaga. Porque (vocês estão certos!) também tem a saudade boa, onde “a gente lembra só por lembrar” e esse tipo de lembrança aquece a alma, alimenta o coração da gente. Mas no último post eu falava era da saudade ruim, aquela que tem cara de monstro, que tem jeito de abismo sem fundo (valeu Luca, adorei a comparação), que engole o saudoso vivo se ele não se cuidar!

Ela chega sem aviso e quando você percebe, já está fungando no seu cangote. Ou melhor, soltando seu hálito gelado sobre você... Eu sei que essa saudade danada não gosta de sol, nem de calor humano. Mas o que mais pode mantê-la distante?