Quando
passamos um mês aqui, no ano passado, encontramos apenas 1 brasileiro – um rapazinho
que, por sinal, estava de mudança para Christchurch. Então, desta vez, foi uma
agradável surpresa conhecer tantos compatriotas em tão pouco tempo!
O primeiro brasileiro que conhecemos após nossa mudança foi um curitibano, que encontramos no aeroporto mesmo, assim que
chegamos aqui. Ele trabalhava orientando os passageiros em relação às
restrições neozelandesas para a entrada de alimentos no país, assegurando que todos que chegavam soubessem
a multa que pagariam caso tentassem desembarcar com alimentos proibidos.
Escutou a gente falando, viu que éramos brasileiros e teve a delicadeza de nos passar
as orientações em bom e claro português. Pode não parecer muito, mas depois
de 13 horas de voo, com Martim enjoando em boa parte do trajeto, foi uma
gentileza muito apreciada de minha parte.
Resolvemos esperar
Martim ficar melhor antes de pegar a van para a casa de Maree e, enquanto
esperávamos, acabou o plantão do curitibano. Quando ele nos viu no saguão do
aeroporto, presenteou-nos com a segunda gentileza do dia: foi até nós,
apresentou-se e contou um pouco de sua experiência aqui. Confesso que entre o
sono, o cansaço e a atenção com os meninos, eu não participei muito da conversa
não, mas lembro-me perfeitamente de duas mensagens. A primeira era que “o
primeiro inverno é o pior” – ouvir isso de um curitibano foi meio assustador,
mas serviu para balizar bem minhas expectativas. E, no meio do inverno, num frio de lascar, as
palavras do curitibano eram uma espécie de conforto, afinal, pior que isso não
vai ficar, né? :-)
A outra mensagem que guardei foi que “a primeira volta ao Brasil é a mais difícil”. Bom, aqui ainda não
posso opinar, mas com certeza não vou esquecer isso também – vai me ajudar a
preparar o coração para nossa visita à terrinha...
O
curitibano também nos passou o contato de uma potiguar (a mesma que me deu as dicas da tapioca!) que organiza o Brasileirinho, um grupo para manter a cultura brasileira e a língua portuguesa vivas nos
brasileirinhos que moram aqui. E o marido dela, da área de TI, nos deu a MAIOR força na busca por trabalho.
Através deles, ficamos sabendo das festas de São João (qualquer dia desses conto mais sobre
elas!), onde estavam também vários outros brasileiros, outras experiências,
sugestões...
Logo após nossa chegada, começamos a procurar casa para aluguel de longo prazo e aqui, com o mercado
imobiliário superaquecido, as casas normalmente têm horários específicos para a
visita de possíveis novos inquilinos. Nesses horários, todo mundo que tem
interesse na casa pode aparecer para dar uma olhada. Pois bem, estávamos nós,
numa bela manhã de abril, avaliando uma casa (a que acabamos por alugar, a casa onde moramos hoje), quando aparece
uma lourinha e um grandão para verem o imóvel também. “Hi”, “Hi, morning” e lá se
foram eles casa adentro, olhar os cômodos que nós já havíamos visto. Dois minutos
depois eles nos escutam falando em português com os meninos e o “Hi” vira um “Oi,
vocês são brasileiros?” acompanhado de um largo sorriso...
Pessoas boníssimas,
eles nos falaram que essa casa estava em uma ótima vizinhança, com boas escolas
e nos contaram sobre outras áreas com escolas e vizinhança não tão boas assim!... Trocamos
os números de telefone e alguns dias depois lá estava eu ligando para a loura
para perguntar sobre uma outra área da cidade enquanto Roger saía com o grandão para ver lojas de carros. Pronto! Daí para um convite para
ir à casa que dividiam, comer um churrasco, foi um pulo! Depois disso, já
estavam nos ajudando com a mudança e o grandão, que também trabalha com TI,
levou Roger para uma entrevista com o chefe dele. A entrevista não deu em nada,
mas a amizade continua firme e forte até hoje! :-)
E entrou pela porta da frente, saiu pela porta de trás
e quinta-feira eu conto mais!... ;-)
e quinta-feira eu conto mais!... ;-)
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