Então, foi
com muita alegria que percebi, logo na nossa primeira manhã aqui na Nova
Zelândia, que eu me sentia em casa!!! E olha que a gente nem estava na nossa
casa definitiva, estávamos na casa de Maree, em Blockhouse Bay, que alugamos por apenas 1
mês.
Tá, tudo
bem. Quem acompanhou as últimas semanas da gente no Brasil bem que pode estar
pensando “Depois daquele caos que antecedeu a mudança, você iria se sentir em casa em qualquer lugar”. É, provavelmente iria
mesmo! Ainda mais considerando que antes de mudar fiquei mais de 1 mês na casa da minha mãe, para me recuperar de
uma pequena cirurgia (estada ma-ra-vi-lho-sa, mãe! Huummm... Que saudade das
noites regadas a sorvete e Dr House) e depois caí quase que direto na operação “desmonte-o-seu-lar”. Uuui! As duas últimas semanas antes da viagem foram fogo! Quando eu me
recuperar psicologicamente daquele inferno, prometo que conto para vocês. Por
hora, basta dizer que ainda estávamos em casa, mas a cada dia ela se parecia
mais com um acampamento de guerra e menos com o nosso lar! :-)
Na véspera
da viagem dormimos no apê de Dona Nininha, minha sogra. Depois dormimos no
avião, num hotel no Chile, no avião de novo... Bom, desse jeito, qualquer lugar
minimamente organizado onde fôssemos passar mais de uma semana já seria um bom
candidato a lar, né?
Mas, circunstâncias
a parte, o que aconteceu é que eu de fato me senti em casa logo na primeira
manhã (ou noite – na verdade, não lembro bem que horas eram) após a nossa
chegada. Foi mais ou menos assim que
aconteceu...
Acordei
completamente grogue, sem saber direito onde estava e com hipoglicemia – mais
uma. :-( É
difícil gerenciar as grandes diferenças de fuso horário, quando você é um
diabético insulino-dependente como eu...
Roger me falou
para comer alguma coisa e eu obedeci, meio no automático, tentando descobrir
onde estava e o que estava fazendo ali. Não sei bem porque, eu achei que ainda
estávamos em trânsito, talvez em algum outro hotel no meio do caminho... Fui
comendo e, devagarinho, a ficha foi caindo, as peças foram se encaixando... E
então eu reparei em um queijo que estava sobre a mesa. Um queijo ralado, tipo Edam,
cujo pacote falava algo sobre ele ser feito com o nosso puro leite neo-zelandês.
Nosso leite, nosso queijo, nossa... Casa!
Nossa casa! Uau! A sensação me varreu por inteiro e até hoje lembro quão
reconfortante ela era! Estávamos em casa.
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